Saúde mental da mulher: por que devemos falar sobre isso
24 de abril de 2024
As mulheres são as que mais desenvolvem transtornos mentais em comparação aos homens.

Como anda a saúde mental das mulheres brasileiras?
As mulheres lidam com uma gama de obstáculos que impactam negativamente sua saúde mental. A pressão para conciliar as demandas da carreira, da vida familiar e pessoal, frequentemente interna ou socialmente imposta, dificultam que encontrem tempo para o autocuidado. O estigma e a discriminação associados à saúde mental feminina também são barreiras para buscar ajuda.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres correm um risco maior de desenvolver transtornos mentais como ansiedade e depressão em comparação aos homens. Elas também são mais suscetíveis a transtornos de estresse, incluindo a síndrome do pânico.
Conforme pesquisa feita pela edtech Todas Group, mais da metade das brasileiras sentem um impacto negativo do trabalho, com 51% relatando esses efeitos. O estudo Women in the Workplace 2021 da McKinsey & Company e Lean In, revela que 42% das mulheres ao redor do mundo experimentam sintomas de burnout.
É importante ressaltar a necessidade de cuidado e apoio adequados, considerando desafios como violência, traumas, questões de saúde reprodutiva e perinatal, desigualdade de gênero, discriminação, e pressões sobre autoestima e imagem corporal.
Um estudo do Instituto de Psiquiatria da USP indica que 40,5% desenvolveram depressão, 34,9% ansiedade e 37,3% estresse. Além disso, o relatório Esgotadas da ONG Think Olga mostra que 45% foram diagnosticadas com esses sintomas após a pandemia de COVID-19.
Esses dados destacam a urgência em promover o bem-estar e fornecer suporte adequado para os desafios das mulheres no país.
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Quais são os desafios que a saúde mental da mulher enfrenta?
Os desafios são complexos e influenciados por uma série de fatores biológicos, sociais, culturais e econômicos.
O estigma e a discriminação em torno da saúde mental representam barreiras significativas, levando muitas vezes ao julgamento social e à hesitação em buscar tratamento. A violência de gênero, incluindo a violência doméstica e o abuso físico, emocional ou sexual, tem um impacto devastador, com traumas que podem persistir por muito tempo e exigir cuidados especializados.
Existe também a desigualdade de gênero, que afeta as mulheres de diversas maneiras, como disparidades salariais e falta de acesso a oportunidades educacionais e profissionais, contribuindo para o estresse e a ansiedade.
Questões de saúde reprodutiva, como distúrbios menstruais, gravidez, pós-parto e menopausa, também têm um impacto significativo. Além disso, muitas enfrentam dificuldades para acessar serviços de saúde mental de qualidade devido a barreiras financeiras, geográficas ou culturais, e há uma carência de centros clínicos especializados e de treinamento ou pesquisa na área.
A dupla jornada de equilibrar responsabilidades domésticas com o trabalho remunerado pode levar ao estresse crônico e à exaustão mental. Durante a maternidade, a saúde mental é particularmente crucial, pois transtornos como a depressão pós-parto afetam não apenas a mãe, mas também o desenvolvimento emocional da criança.
Para enfrentar esses desafios, é necessária uma abordagem panorâmica e integrada que inclua conscientização pública, políticas públicas, acesso facilitado a serviços de saúde e a redução do estigma associado às questões psicológicas. É essencial que haja um esforço coletivo, reconhecendo a complexidade e a interconexão dos fatores que afetam o bem-estar psicológico de todas.
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Qual a importância da saúde mental das mulheres?
A saúde mental é crucial para o bem-estar individual e coletivo, impactando significativamente as famílias, comunidades e a sociedade em geral.
Uma boa saúde mental permite que as mulheres enfrentem desafios diários e desfrutem de uma vida equilibrada e satisfatória. Elas desempenham papéis fundamentais na família e na comunidade, influenciando positivamente o ambiente familiar e contribuindo para um entorno emocionalmente saudável. Além disso, aquelas com saúde mental controlada são mais produtivas e contribuem para o crescimento econômico.
Discutir abertamente sobre o assunto ajuda a reduzir o estigma e a discriminação, encorajando a busca por ajuda sem medo de julgamentos. Isso não só previne problemas psicológicos, mas também melhora a qualidade de vida e reduz o sofrimento emocional.
A promoção da saúde mental feminina é essencial para prevenir a violência de gênero, muitas vezes ligada a questões psicológicas não tratadas, e é um passo fundamental para alcançar a igualdade, permitindo oportunidades iguais de sucesso e bem-estar. Ela também afeta diretamente a saúde reprodutiva, com suporte adequado durante períodos como gravidez e pós-parto, sendo vital para prevenir transtornos psicológicos.
Mulheres com boa saúde mental são mais resilientes a desafios sociais e econômicos, portanto, é crucial que haja políticas públicas eficazes, serviços de saúde acessíveis e programas de conscientização que promovam o bem-estar psicológico e a igualdade de gênero.
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Afinal, por que devemos falar mais sobre a saúde mental das mulheres?
Manter essas conversas abertas e contínuas é fundamental para construir uma sociedade mais saudável e equitativa, onde as necessidades de todas as pessoas são reconhecidas e atendidas.
Além disso, promove um ambiente mais acolhedor e saudável para todas, beneficiando individualmente e a sociedade como um todo. Confira os principais tópicos que resumem a importância desse diálogo:
- Conscientização: eleva o conhecimento sobre os desafios únicos enfrentados pelas mulheres
- Prevenção: facilita a identificação e o controle precoce de problemas de saúde mental
- Apoio: incentiva a procura por ajuda e recursos para lidar com questões psicológicas
- Empoderamento: fortalece-as para que se sintam mais confiantes ao discutir suas experiências e necessidades
- Redução do estigma: contribui para a diminuição do estigma social, promovendo uma sociedade mais acolhedora
- Políticas públicas: influencia o desenvolvimento de políticas públicas focadas na saúde mental das mulheres
- Igualdade de gênero: apoia a luta contra a desigualdade de gênero, reconhecendo a saúde mental como um direito essencial
- Saúde da família: impacta positivamente a saúde mental da família e da comunidade, considerando o papel central das mulheres como cuidadoras
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Como identificar que não estou bem?
Existem sinais variados que indicam quando alguém não está bem de saúde. Eles podem ser emocionais, comportamentais ou físicos. Alguns indicadores incluem:
- Mudanças de humor constantes: oscilações frequentes de humor, como irritabilidade, tristeza intensa ou alterações repentinas de emoções
- Isolamento social: evitar interações sociais, afastamento de amigos e familiares, ou diminuição do interesse em atividades que antes eram apreciadas
- Alterações no sono ou apetite: insônia ou excesso de sono, perda ou aumento significativo de apetite, levando ao ganho ou perda de peso não intencionais
- Fadiga e baixa energia: sentir-se constantemente cansada, sem energia ou motivação para realizar atividades cotidianas
- Dificuldade de concentração: problemas para se concentrar, tomar decisões ou manter o foco em tarefas simples
- Pensamentos negativos recorrentes: preocupações constantes, sentimentos de desesperança, pessimismo ou autocrítica intensa
- Comportamentos de autodestruição: engajar-se em comportamentos prejudiciais à saúde, como abuso de substâncias, condutas de risco ou autopunitivos
- Sintomas físicos sem causa aparente: dores de cabeça, dores musculares, problemas digestivos ou outros sintomas físicos persistentes sem explicação médica
- Dificuldade em lidar com o estresse: incapacidade de lidar com situações estressantes com eficácia, experimentando uma sobrecarga emocional constante
- Pensamentos suicidas ou auto lesivos: expressão de pensamentos sobre morrer, desejos de se machucar ou tentativas de autolesão
É importante observar que esses sinais variam de pessoa para pessoa, e nem todas apresentarão os mesmos sintomas. No entanto, se mostrar sinais persistentes ou preocupantes, é importante procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para avaliação e apoio adequado.
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Como cuidar da minha saúde mental?
Algumas dicas ajudam a promover uma saúde mental mais equilibrada e a enfrentar os desafios do dia a dia com mais resiliência e bem-estar. Lembre-se de que buscar ajuda profissional é sempre uma opção válida e importante quando necessário. Confira:
- Pratique autocuidado: reserve um tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, como meditação, ioga, leitura, caminhadas ao ar livre ou qualquer atividade de lazer que você goste
- Estabeleça limites saudáveis: aprenda a dizer não quando necessário, estabelecendo limites saudáveis em relação ao trabalho, relacionamentos e outras responsabilidades
- Construa uma rede de apoio: cultive relacionamentos positivos e busque apoio em amigos, familiares ou grupos de apoio, compartilhando suas preocupações e emoções
- Pratique exercícios físicos: A prática regular de exercícios físicos ajuda a liberar endorfinas, promovendo sensação de bem-estar e aliviando o estresse
- Tenha uma alimentação saudável: mantenha uma alimentação equilibrada e nutritiva, priorizando alimentos que ajudem a manter a saúde mental e física.
- Estabeleça rotinas: ter rotinas consistentes ajuda a criar estrutura e estabilidade, promovendo um senso de controle e bem-estar
- Gerencie o estresse: aprenda técnicas de gerenciamento de estresse, como respiração profunda, mindfulness ou outras práticas de relaxamento
- Durma adequadamente: priorize uma boa higiene do sono, garantindo um tempo adequado de descanso para permitir a recuperação física e mental
- Desenvolva autoconhecimento: pratique a autorreflexão, conheça suas próprias necessidades e limites, e esteja atenta aos sinais de alerta para lidar com eles de maneira saudável
- Busque ajuda profissional: não hesite em procurar ajuda de um profissional de saúde mental se estiver enfrentando dificuldades persistentes ou se sentir que precisa de suporte adicional
- Faça exames médicos periódicos: mantenha sua saúde física em dia
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Escrito por Saúde V
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